Eu dirigi o Duster*, que chegou e vai ficar

A Renault acertou em cheio na estratégia de lançar o Duster, um “suvizinho” bem simpático. O carro tem tecnologia e qualidade, mas fazendo a opção de custos baixos. O Duster é um SUV, abreviatura que vem do inglês “Sport Utility Vehicle”, que foi montado na mesma plataforma do Sandero e do Logan, por isso a facilidade de reposição de peças, quando necessária, é mais rápida e mais barata. Com isso, o carro entrou no mercado com preço bom, acertando direto no consumidor que queria um carro SUV e com boas condições de pagar. Não deu outra, o carro vende bem.

Peguei o carro para dirigir, sempre com a visão de um cliente que vai testar um veículo, no Entreposto Renault, no Calhau, na capital maranhense. O consultor de vendas Ariel Falcão estava ao meu lado e foi me orientando sobre o carro.

Já saí pegando a Avenida dos Holandeses, sentido Olho D´água, para chegar à Litorânea, antes é claro, procurei me ajeitar no carro, um belo banco de couro já me conquistou, o ajuste do banco foi rápido e o controle dos vidros fica abaixo da alavanca do freio de mão. Quando você entra, sente-se “maior” que é, pois o carro por fora não parece, mas por dentro é grande e com a distância do chão, e também pela altura (1,70m) você vê tudo mais fácil. O carro tem presença.

O interior é bonito, simples e bem acabado. Não adianta buscar um carro com muito luxo, não é isso que procura o cliente do Duster, e sim, que o preço caiba no seu bolso. O veículo possui um sistema de som 3D Sound by Arkamys, com entrada auxiliar, conexão Bluetooth, USB, iPod e comando satélite de áudio e celular na coluna de direção. Muito bom.

Comecei a acelerar e senti logo a força do motor 2.0, da versão topo de linha, Dynamique 4×2, 16 válvulas. O carro tem cambio automático, mas pode virar sequencial se você quiser. Na verdade o Duster pode vir de várias maneiras, cabe você escolher a que melhor agrada. Para quem vem de um carro de cambio mecânico, estranha um pouco no início, mas nada que o tempo para tirar o máximo do cambio automático do Duster.

Já na Avenida Litorânea dei uma acelerada e o carro respondeu na hora, para quem quer um SUV urbano e não pretende viver colocando ele na lama o carro é ideal, mas nada impede de você viver uma boa aventura com seu Duster. Passei tranquilo nas ruas e avenidas de São Luís. Dentro do carro, o som externo era bem absorvido, pois as suspensões garantem equilíbrio entre conforto e estabilidade.

Peguei uma pequena ladeira e foi fácil, pois o Duster tem a primeira marcha reduzida, o que facilita arranques. Com isso, comecei a pegar o trânsito na rotatória da Polícia Militar, no Calhau, que é sempre bem movimentada. Na primeira oportunidade que tive, o carro arrancou bem e logo já estava entre os outros veículos.

Estava bem confortável no carro, mas achava que os controles poderiam ficar mais próximos da mão, mas é só exigência minha não que seja algo prejudicial. Já no meio dos carros e na Avenida Carlos Cunha, confirmei o que já estava vendo antes, já tem muito Duster circulando na cidade, sem falar no olho puxado que alguns motoristas faziam para o SUV da Entreposto Renault.

Retornei e passei pelo Shopping São Luís. Precisei pisar mais no acelerador, dar uma desviada, e senti facilidade e boa estabilidade do carro. Dei uma freada maior, principalmente para testar a segurança e o freio respondeu com rapidez. São freios ABS, sendo disco na dianteira e tambor na traseira. Conversando com Ariel, consultor da Entreposto Renault, ele me falou que o carro na cidade tem um consumo de 9 litros e na estrada 10,5 litros, lembrando que o carro é flex.

No quesito segurança passa fácil, pois tem airbag duplo, alarme perimétrico, que atua de forma programada para um devido local do carro, por exemplo: ao abrir as portas, cintos de 3 pontos dianteiros e laterais traseiros, apoios de cabeça reguláveis, mas bem que para o banco central traseiro o apoio também podia ser regulável. Sistema de travamento automático e trava para crianças nas portas traseiras que deixam os pais mais calmos ao levar os filhotes.

Gostei muito do carro, sou um apaixonado pelo modelo SUV, o carro atende a um público que está vindo de carros hatch pequenos ou sedans médios. Claro, se alguém acha que ele concorre com os grandes SUVs, não vai gostar e nem pode comparar, e se também tem um carro sedan grande luxo, não vai querer atrapalhar a vontade da mulher e comparar o seu carro luxo, pois como escrevi no começo, a ideia é atender um público especifico e com o preço de acordo com que esse cliente pode pagar e ser feliz.

*Os comentários são baseados nas minhas experiências e que um cliente normal teria ao dirigir um carro. O objetivo é dar uma noção maior sobre o veículo, pois não dirigi em pistas de testes, com bastante tempo e nem sou piloto de teste de automóvel.